terça-feira, março 01, 2011

Balancer ces vieux machins

Muito bem, nao da pra ficar brincando de ter epifanias a essa hora da manha, principalmente com esse desejo louco de po-las para fora e com essa falta de estrutura para faze-lo.
Sabe o que? Nao era pra dar certo, ja havia percebido antes. Porque era muito dificil regar minhas plantas enquanto eu aguava as suas. Era muito dificil cultivar meu  jardim quando voce me fazia duvidar da existencia dele, mas eu sei que nao era por querer, pelo menos nao totalmente. A questao e que minhas raizes, de fato, nao desceram fundo o bastante. Mas agora estou aguando, podando, limpando e conversando com as plantinhas todos os dias. O que e otimo, pois eu realmente preciso dar amor para alguem.
Anyway, embora existam outras epifanias e gracas  a Deus nenhuma hamartia,  o importante e que agora eu tenho um coracao mais leve.

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

No more pills

"Se você me amasse estaria aqui. Se você me ama venha procurar por mim. Decida-se." Odile conseguiu escrever ainda que suas mãos tremessem.

Ela estava com medo e seu rosto molhado de lágrimas salgadas. Dentro dela chovia torrencialmente enquanto do lado de fora o sol tão iluminadamente brilhante chegava causar certa raiva. Raiva por todos estarem tão brilhantes e felizes, enquanto ela mergulhava na lama.

"Decida-se." era a frase que retumbava em sua mente. Odile sempre fugira de decisões. Sua mãe dominadora tornara-a uma eterna criança, ela não sabia decidir sozinha. E depois viera o namorado. Aquele pedaço de mau caminho: lindo, inteligente, divertido e carinhoso. Mas cheio de vícios. Tirou-a da mãe e levou-a para conhecer o mundo, cada buraco sujo dele.

E então ela viu todos os seus defeitos, viu o que sua vida seria, viu que qualquer sentimento que ele tivesse por ela não seria - jamais - maior que o desejo insaciável dele por aquela vida de sexo, álcool e drogas. Pobre Odile. Descobriu que ele era o mau caminho inteiro, levando-a direto para o inferno.

Então foi difícil chegar a decisão de que ela precisaria decidir alguma coisa, mas ela enfim decidira-se por decidir. E sua decisão final foi de que não poderia ser daquele jeito.

Ela o amava, sem dúvidas, mas no fundo, após os 28 anos de sua infância ela amadureceu um pouco. Ou pelo tornou-se um pouco mais egoísta. Ela iria embora, embora do quartinho sujo onde moravam. Ficaria bem longe de toda aquela podridão, das seringas, das garrafas de cerveja, das pílulas e comprimidos, das orgias loucas. De todo aquele inferninho do qual fazia parte.

Prendeu os cabelos bem no alto da cabeça, colocou um casaco, mesmo com o sol lá fora sentia frio. Passara tempo demais dentro daquele apartamento alimentando vícios que não eram seus. Deixou a nota grudada na geladeira, sem dúvida ele olharia quando estivesse procurando por mais cervejas. Ela ainda não sabia o que faria sem dinheiro, sem emprego, sem família e sem ele. Ai, sem ele não. Sem ele sim. Pense Odile, pense. 


Deu dois passos para fora e então retornou. "Ligue-me  se quando estiver sóbrio." 

domingo, janeiro 09, 2011

Airhead

TO CANSAAAADAAA

VOOOOU FICAAAAAR LOOOOUCAAA


não, não vou

estou calma e centrada
e cansada
mas vou dormir
e vai passar
 e ai de que não responder aos meus sorrisos
pq eu vou comprar uma caixa de lápis bem coloridos
(com desconto de 10% ;D de funcionário)
e vou colorir sua vida (e a minha).


sem NENHUM tom de cinza frô. Nenhum.