terça-feira, maio 01, 2012

A White Blank Page


I was in a filthy smelly bar when I saw her the first time.

Her white skin, her blue eyes, her auburn curls, her high cheekbones and her red lips. Always the red lips. And the curves designed by her dress. That was all I could see. All.

And there was nothing in the bar but her sweet voice and the distant sound of a banjo.

“You can lie next to her and give her your heart, as well as your body. You can lie next to her and confess your love, as well as your folly. You can put her into your arms and caress her face. You can take her out from the shadows and make her eyes spark. You can build a tower until the highest sky in devotion to her name. You can turn her into your only truth. You can follow her with your life, your whole life. But it won’t work. Nothing will. It doesn’t matter what you will do, what you will try. You are going to find the same result: a white blank page and a swelling rage. And in the end, you’ll ask yourself: where was your fault in loving her with your whole heart? She will desire your attention and deny your affection. She just wants to be the center and she doesn’t care for what she is going to break in order to achieve it. Step away. She is not for you, son.”

He told me that, all these words, before I left my place that night to give her all the black blood that was dripping from my hands in her name. And I should have listened to him.

But when I came back to my senses, it was already too late. Just too late.

I was in the mud.

The bartender came to me again and pushed me from the ground. But then he told me:

“Weep, because you’re not as brave as you were at the start. Weep for yourself, my man, it’ll never be what is in your heart. Rate yourself and rape yourself and find all the courage you have left. Take it and stop wasting it on fixing all the problems that you made in your own head. I know it was not your fault, she is the devil, little man, and you were brave in confronting her, but you were also a fool. It wasn’t your fault, but it was your heart and a train just passed over it. You know you have seen this all before, but it doesn’t make things easier, I know. I see your grace wasted in your face, I see your boldness standing alone among the wreck. Please, little lion man, stop biting your own neck.”

And told him:

“My head told my heart to let love grow, but my heart told my head that this time no. Unfortunately, I have this awful habit of not listening to my heart.”

“Be aware, it can become frozen because of the winds. And just one last advice, my man, you better know your name when it’s called again.”

It wasn’t frightening to me. I left the bar after one beer. It was empty in the valley of my heart and the sun was rising so slowly as I walked that I was already feeling frozen. All the fears and all the faults that 

I’ve once left behind were there again, haunting me. 

terça-feira, março 01, 2011

Balancer ces vieux machins

Muito bem, nao da pra ficar brincando de ter epifanias a essa hora da manha, principalmente com esse desejo louco de po-las para fora e com essa falta de estrutura para faze-lo.
Sabe o que? Nao era pra dar certo, ja havia percebido antes. Porque era muito dificil regar minhas plantas enquanto eu aguava as suas. Era muito dificil cultivar meu  jardim quando voce me fazia duvidar da existencia dele, mas eu sei que nao era por querer, pelo menos nao totalmente. A questao e que minhas raizes, de fato, nao desceram fundo o bastante. Mas agora estou aguando, podando, limpando e conversando com as plantinhas todos os dias. O que e otimo, pois eu realmente preciso dar amor para alguem.
Anyway, embora existam outras epifanias e gracas  a Deus nenhuma hamartia,  o importante e que agora eu tenho um coracao mais leve.

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

No more pills

"Se você me amasse estaria aqui. Se você me ama venha procurar por mim. Decida-se." Odile conseguiu escrever ainda que suas mãos tremessem.

Ela estava com medo e seu rosto molhado de lágrimas salgadas. Dentro dela chovia torrencialmente enquanto do lado de fora o sol tão iluminadamente brilhante chegava causar certa raiva. Raiva por todos estarem tão brilhantes e felizes, enquanto ela mergulhava na lama.

"Decida-se." era a frase que retumbava em sua mente. Odile sempre fugira de decisões. Sua mãe dominadora tornara-a uma eterna criança, ela não sabia decidir sozinha. E depois viera o namorado. Aquele pedaço de mau caminho: lindo, inteligente, divertido e carinhoso. Mas cheio de vícios. Tirou-a da mãe e levou-a para conhecer o mundo, cada buraco sujo dele.

E então ela viu todos os seus defeitos, viu o que sua vida seria, viu que qualquer sentimento que ele tivesse por ela não seria - jamais - maior que o desejo insaciável dele por aquela vida de sexo, álcool e drogas. Pobre Odile. Descobriu que ele era o mau caminho inteiro, levando-a direto para o inferno.

Então foi difícil chegar a decisão de que ela precisaria decidir alguma coisa, mas ela enfim decidira-se por decidir. E sua decisão final foi de que não poderia ser daquele jeito.

Ela o amava, sem dúvidas, mas no fundo, após os 28 anos de sua infância ela amadureceu um pouco. Ou pelo tornou-se um pouco mais egoísta. Ela iria embora, embora do quartinho sujo onde moravam. Ficaria bem longe de toda aquela podridão, das seringas, das garrafas de cerveja, das pílulas e comprimidos, das orgias loucas. De todo aquele inferninho do qual fazia parte.

Prendeu os cabelos bem no alto da cabeça, colocou um casaco, mesmo com o sol lá fora sentia frio. Passara tempo demais dentro daquele apartamento alimentando vícios que não eram seus. Deixou a nota grudada na geladeira, sem dúvida ele olharia quando estivesse procurando por mais cervejas. Ela ainda não sabia o que faria sem dinheiro, sem emprego, sem família e sem ele. Ai, sem ele não. Sem ele sim. Pense Odile, pense. 


Deu dois passos para fora e então retornou. "Ligue-me  se quando estiver sóbrio." 

domingo, janeiro 09, 2011

Airhead

TO CANSAAAADAAA

VOOOOU FICAAAAAR LOOOOUCAAA


não, não vou

estou calma e centrada
e cansada
mas vou dormir
e vai passar
 e ai de que não responder aos meus sorrisos
pq eu vou comprar uma caixa de lápis bem coloridos
(com desconto de 10% ;D de funcionário)
e vou colorir sua vida (e a minha).


sem NENHUM tom de cinza frô. Nenhum.

sexta-feira, dezembro 31, 2010

Wishing Well

Can we pretend that airplanes in the night sky are like shooting stars?
I could really use a wish right now.
Wish right now.


Peço pro vento te levar meu beijo, e te contar que eu te amo, meu maior desejo.

Não não não, um poço dos desejos não é o que eu quero. Mas uma estrela cadente viria a calhar. Poder falar "Me atende, me atende, me atende" como em A Princesa e O Sapo, mas aqui não é assim não é mesmo? Deste lado do espelho as coisas não são tão legais. Não sempre, é claro. As vezes elas são realmente borbulhantes.

Eu tenho esse probleminha irritante de pensar demais, e nem sempre são coisas legais pra se pensar. As vezes é a criatividade regendo a banda e saem coisas lindas da minha cabeça. As vezes é um pessimismo tão miserável que fica mais lixo do que filme de besteirol americano. A questão é, essa época do ano, sempre me faz pensar um pouco mais sobre as coisas. Honestamente, só porque a mídia nos condiciona a isso. Sabe essa história toda que se espalhou por aí sobre resoluções de ano novo e tudo mais.

E eu sempre faço, já cheguei a fazer uma com 115 itens ou mais. No ano passado foram poucos, mas não lembro quais foram. E eu queimei o papel quando deu meia noite. Mas demorou horrores porque a linda criatura lerda molhou o papel com vinho ignorando o minúsculo, MINÚSCULO, teor alcoólico do vinho.

De qualquer forma, ainda não sei se farei esse ano ou não. A questão é, porra, o ano acabou.

O ano acabou.

Acabou.

Bloody hell.

Sério, sério, SÉÉÉÉRIOOO. (puta mania chata de repetições dramáticas e desnecessárias, mas okei).

O tempo correu de mim, tipo, correu de verdade. Ele se mandou na minha frente levando minha mala de roupas ainda aberta e eu sai correndo atrás tentado pegar as meias e calcinhas que voaram mala à fora. E sei lá, parece que eu mudei esse ano.

Não que os outros possam ver, apesar de alguns viram mesmo. Mas eu mudei pra mim, comigo, sei lá, é estranho.

Sinto que passei o ano inteiro bêbada, tinha a L. de dentro e a L. de fora, a de dentro queria fazer X coisa, a de fora fazia X-1. Tipo quando você está tonto e que andar, mas ao invés de andar tropeça.

Esse ano esvaziou minha vida. Eu entendi, finalmente, a maldade viciosa do ócio. Pegaram minhas coisas, as mais preciosas é claro, e defenestraram sem me dar a chance, a menor chance de tê-las de volta para mim. E, sério, elas fazem muita, muita falta.

2010 foi de fato um ano cheio de coisas incríveis, mas dunno, nos últimos anos eu sempre terminei mais feliz do que comecei. Nesse fim de ano, não digo mais triste, mas é diferente. Não é tão bom. Eu estou feliz, mas não é pleno, porque por dentro eu ainda estou vazia.

Quebraram meus sonhos de plástico e eu ainda não consegui outros que pudessem substituí-los. E isso meio que está me matando.

Graças a Deus existem outras coisas que me fazem viver.

E é por elas que eu continuo acreditando que mesmo na quebra da contínua melhora dos meus anos, 2011 será melhor do que 2010. E é uma certeza.

Of all the things I can think right now, I really wish a key to my chains, to my cage, and a shooting star. So I would really make my wish.

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Hóspede da Mente

-Oi meu amor.
-Oi?
-Deixe-me entrar.
-Entrar?
-É.
-Aonde?
-Aí dentro. - apontou sedutora.
-Pa-pa-para que? - o jovem perguntou assustado.
-Para te ajudar, meu bem. Para fazer você conseguir tudo o que quiser e muito mais, lindinho.
-Ah...eu...não sei. Eu nem te conheço...
-Mas pode conhecer. - ela aproximou o rosto do dele. - Muito bem. - completou pausadamente num quase sussurro.
-Err..
-É só uma visitinha. Depois eu vou embora se você quiser.
-Jura?
-Juro. Mas, duvido que você vá querer. - ela colocou um dedo sobre os lábios dele. - Eu sou viciante.
O garoto enrubesceu e abriu a porta para ela, que entrou prontamente.
-Qual seu nome?- ele perguntou como se saber o nome da mulher fosse ajudá-lo em alguma coisa.
Ela fechou a porta atrás de si e enlaçou o pescoço dele com um de seus braços. Sorriu-lhe lânguida.
-Mentira. - respondeu.

Teenage Dream (?)


Você pode sentir querida? Pode sentir a força na ponta de seus dedos? A flexibilidade das suas pernas? A maleabilidade dos seus joelhos? O balanço dos seus quadris?
É só nessa hora que percebemos as coisas, nessa hora que pulamos da pedra, nessa hora que pulamos de braços abertos. O coração batendo, o ar preso em nossos pulmões assim como a respiração em nossa boca, a alegria batendo em nosso peito e a alma indo para além do corpo. Mergulhando fluida na água fresca do Mediterrâneo, ou talvez do Caribe, e se desmanchando por um infinito de mundos ao redor do nosso mundo.
Ah, querida, é bom não é? Ser jovem? Ser jovem para sempre.
Poder viver seus sonhos jovens e suas jovens ilusões. Seus queridos erros jovens e também seus jovens defeitos prediletos.
Nada como o egoísmo e a inconseqüência tipicamente juvenis, não é mesmo? Nada como se achar dono do mundo, nada como achar que pode fazer tudo o que quiser, nada como poder pular da pedra de braços abertos para apertar o mundo inteiro e sentí-lo em toda sua plenitude.
E pode mesmo.
Eu posso mesmo. Do seu lado, querida, eu posso. Tudo. ou quase.
Mas se sentes a força na ponta de seus dedos, eu já não sinto mais. Está se esvaindo meu bem. Está se esvaindo. Está longe de mim. Eu não posso mais, querida.
O tempo me engole como areia movediça, minha boca seca com água no deserto e meu peito está quebrado como um vaso. Não é mais para mim esse nosso delicioso sonho adolescente.
Pule, querida, de braços abertos para a vida. Talvez seja eu, na fluidez das águas do mar, que vá te receber com os braços ainda mais abertos.